CONSULTORIA E INSPEÇÃO PREDIAL - NBR 16280

Atestamos a edificação para valorizar o patrimônio imobiliário a custos competitivos e atendimento diferenciado.

INSPEÇÃO DE ELEVADORES / LAUDO TÉCNICO

Com experiência de 32 anos em elevadores, a equipe é composta por profissionais habilitados que atendem a todos os fabricantes.

PROJETO DE MODERNIZAÇÃO DE ELEVADORES

Devem se adequar às normas técnicas de segurança e de acessibilidade vigentes para aumentar o desempenho.

PMOC - PLANO DE MANUTENÇÃO, OPERAÇÃO E CONTROLE

O Ministério da Saúde recomenda a manutenção dos aparelhos de sistemas de climatização artificial em todos os estabelecimentos.

ANALISE E MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR INTERNO - QAI / IAQ

Com experiência de 35 anos em ar condicionado a equipe é composta por profissionais preocupados com sua saúde.

Especialista alerta para a importância de um profissional habilitado para auxiliar na gestão do patrimônio

Imagem de wirestock no Freepik
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Consultoria em Engenharia garante segurança e valorização do condomínio


Com o aumento da população em condomínios e a complexa legislação que os rege, a figura do síndico se torna cada vez mais desafiadora. A necessidade de um profissional capacitado para auxiliar na gestão do patrimônio se torna crucial, especialmente na área de engenharia.

Manutenção predial:

A Inspenge Engenharia, empresa especializada em consultoria para condomínios, alerta para a importância de manutenções preditivas, preventivas e corretivas. A terceirização sem acompanhamento técnico pode resultar em:

  • Soluções ineficazes
  • Perda de capital investido
  • Agravante dos problemas
  • Prejuízos ao empreendimento

Gestão de excelência:

Investir em áreas de lazer, segurança e manutenção é essencial, mas zelar pelo patrimônio é fundamental para uma gestão de excelência. A Inspenge oferece uma gama de serviços para auxiliar síndicos, como:

  • Fiscalização de obras;
  • Análise de planos de reforma;
  • Inspeção de áreas comuns;
  • Plano de manutenção;
  • Inspeção predial anual;
  • Previsão orçamentária.

Benefícios da consultoria:

  • Segurança dos moradores;
  • Valorização do patrimônio;
  • Mitigação de prejuízos;
  • Redução de custos;
  • Tranquilidade para o síndico.

Investir em uma consultoria em engenharia é elevar a qualidade da gestão condominial, melhorar a segurança, valorização do patrimônio e preservar o futuro do seu condomínio.

Inspenge Engenharia
Contato: https://www.inspenge.com.br/

Assessoramento técnico de engenharia para síndicos e condomínios

Imagem de freepik
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Valorização patrimonial e segurança na gestão da manutenção e reformas 

Com o aumento significativo do número de pessoas que escolhem viver ou estabelecer seus negócios em condomínios, a figura do síndico tornou-se ainda mais crucial. No entanto, para desempenhar efetivamente seu papel, o síndico precisa contar com profissionais especializados em diversas áreas. Quando se trata de obras, a contratação de assessoria técnica de engenharia é fundamental.

Assim como os serviços jurídicos e contábeis são essenciais para a gestão condominial, a consultoria em engenharia desempenha um papel crucial na manutenção, reforma e construção de edifícios. Por quê? Vamos explorar a importância desse assessoramento:

Conhecimento Especializado: Em geral, síndicos não possuem o conhecimento técnico necessário para avaliar parâmetros relacionados à estrutura e sistemas de um edifício. A assessoria técnica de engenharia oferece decisões embasadas em expertise, considerando as melhores alternativas para garantir a segurança de todos. Além disso, os profissionais da área podem indicar os caminhos mais adequados para as alterações necessárias.

Aprovação de Obras e Rateios Transparentes: Com consultoria técnica, a aprovação de obras e rateios junto aos membros da assembleia torna-se mais fácil e justificada. Cada centavo gasto tem uma base real, contribuindo para a transparência na gestão financeira.

Responsabilidade Legal: O síndico tem o dever legal de garantir a segurança do edifício e de seus moradores. Ao abrir mão da consultoria técnica, ele negligencia parte de suas responsabilidades.

Edifícios Antigos e Novos: Tanto edifícios antigos quanto modernos se beneficiam da assessoria técnica. Edifícios antigos podem avaliar e atualizar sua estrutura com base em manuais de proprietário. Já os empreendimentos modernos podem adotar planos de manutenções preditivas e preventivas, evitando gastos imprevistos com obras emergenciais.

Reformas nas Unidades: A consultoria técnica também é válida para reformas dentro das unidades. O síndico pode solicitar parecer especializado sobre os planos de reforma dos moradores e seus impactos no condomínio, conforme recomenda a norma ABNT NBR 16280.

Em resumo, a Inspenge Engenharia oferece uma ampla gama de serviços para a gestão da manutenção condominial, incluindo fiscalização de obras, verificação de planos de reforma, inspeção predial anual e previsão orçamentária. Investir na segurança e valorização patrimonial é essencial para uma gestão de excelência. 🏢🔧

Atualizações na Norma NBR 16280 em 2024

Síndico deve cobrar do proprietário da unidade plano de reforma e ART do profissional contratado para executar a reforma conforme recomenda a NBR 16280 - Imagem de freepik

Garantias e manual de uso são destaque na última versão

A Norma Brasileira (NBR) 16280, que estabelece diretrizes para reformas em edificações, passou por atualizações significativas em sua última versão publicada em 2024. As alterações visam aprimorar as garantias oferecidas pelos prestadores de serviços de construção e aprimorar o manual de uso e operação dos elementos reformados.

Uma das principais mudanças é a inclusão da NBR 17170 como referência normativa. A nova norma estabelece requisitos específicos para garantias e está diretamente relacionada às alterações feitas na NBR 16280. Essa conexão entre as normas busca garantir a qualidade e a segurança das reformas realizadas.

Além disso, houve alterações nos termos e definições presentes na norma. O termo "conservação" foi removido, enquanto os termos "prestador de serviços de construção" e "termo de garantia", assim como uma nota a respeito desse item que se refere a NBR 17170, foram adicionados. Essas alterações refletem a necessidade de atualização e padronização dos conceitos relacionados às reformas em edificações.

No item "4f" da norma, houve a inclusão de requisitos para atender as garantias de acordo com a NBR 17170. Essa mudança reforça a importância de cumprir os requisitos estabelecidos pela nova norma, garantindo a conformidade das reformas realizadas.

Os itens "4n" e "6d" foram adicionados à norma, tratando da atualização do conteúdo do manual do proprietário. Segundo a norma, o manual deve ser atualizado de acordo com as condições estabelecidas na NBR 14037 (que também recebeu atualizações em 2024), incorporando as instruções de uso e manutenção das partes da unidade afetada pela reforma. Essas instruções devem ser fornecidas pelo prestador de serviço de construção. Caso o manual da edificação não exista, devido à sua antiguidade, é necessário elaborar um manual de uso, operação e manutenção conforme a NBR 14037.

A atualização da norma também destaca a importância do manual de uso e operação dos elementos reformados. Mesmo que a edificação em si não possua um manual, é necessário fornecer o manual para os elementos que foram reformados. Essa medida visa garantir a segurança e a adequada utilização dos elementos reformados.

Por fim, no item 6.2.3 da norma, houve uma alteração no texto para enfatizar a necessidade de atender as novas condições e prazos de garantia estabelecidos pela NBR 17170. Caso não exista um manual da edificação reformada, é fundamental que as intervenções realizadas tenham seu próprio manual de uso e operação conforme estabelecido pela NBR 14037. 

Essas atualizações na Norma NBR 16280 refletem a interligação com a NBR 17170 e reforçam a importância de garantias adequadas e do correto uso e operação dos elementos reformados. É essencial que aqueles que realizam reformas busquem profissionais habilitados para acompanhar o processo e garantir a conformidade com as normas, visando a segurança e a proteção de todos os envolvidos.

Painel de Engenharia discute "Patologias e Soluções - Segurança do Trabalho, Manutenções, Patologias, Acessibilidade e Análise de Energia em Condomínios" na Sindexpo 2024

Foto: Emerson Tormann
Palestra "Eng. Rabello fala aos sindicos presentes sobre Modernização e Acessibilidade em Elevadores -SindExpo 2024"

Engenheiro Mecânico Francisco Rabello destaca a importância da modernização de elevadores para a segurança e acessibilidade em condomínios

A Sindexpo 2024, a renomada Feira de Negócios para Síndicos e Condomínios, está abordando temas cruciais para a gestão eficiente de condomínios verticais. Um dos destaques do evento é o painel de Engenharia, intitulado "Patologias e Soluções - Segurança do Trabalho, Manutenções, Patologias, Acessibilidade e Análise de Energia em Condomínios", que reuniu especialistas renomados para debater questões fundamentais para a segurança e o bem-estar dos moradores.

No centro das discussões, o Engenheiro Mecânico Francisco Rabello ressaltou a importância da modernização dos elevadores sob a ótica da segurança e da acessibilidade. Durante sua apresentação, Rabello enfatizou a necessidade de uma abordagem proativa para garantir a manutenção adequada dos elevadores, bem como a importância de planejar financeiramente as atualizações necessárias.

Rabello destaca a vida útil e o estado de conservação dos elevadores

"Um dos maiores transtornos enfrentados pelos moradores de condomínios verticais são as paradas não programadas dos elevadores", destacou Rabello. "Essas interrupções frequentes resultam em reclamações e aborrecimentos para o síndico, além de representarem uma preocupação real para a segurança dos residentes."

Rabello ressaltou ainda a importância de contar com consultorias técnicas e projetos básicos para auxiliar na modernização dos elevadores. Esses profissionais têm a expertise necessária para identificar as necessidades específicas de cada condomínio e propor soluções adequadas, considerando fatores como acessibilidade, segurança e eficiência energética.

Além do Engenheiro Mecânico Francisco Rabello, o painel contou com a participação do Advogado Delzio João Jr., do Engenheiro Mecânico Rafael Ferreira, da Engenheira Samya Veloso e do Técnico Industrial Marco Oliveira. Cada um dos especialistas trouxe uma perspectiva única sobre as questões relacionadas à segurança do trabalho, manutenções, patologias, acessibilidade e análise de energia em condomínios.

A Sindexpo 2024 tem se mostrado um evento de grande relevância para a disseminação de conhecimento e a troca de experiências entre profissionais do setor de condomínios. Os debates e palestras proporcionam um ambiente propício para a reflexão e a busca por soluções inovadoras, visando sempre a melhoria da qualidade de vida dos moradores e a eficiência na gestão condominial.

Sobre a Sindexpo:

A Sindexpo é uma tradicional Feira de Negócios para Síndicos e Condomínios, realizada anualmente. O evento reúne um amplo público, incluindo síndicos, administradores de condomínios, fornecedores de produtos e serviços relacionados ao segmento condominial, além de profissionais do setor. A feira é uma oportunidade única para networking, atualização profissional e acesso a novidades do mercado condominial.

Síndico, participe do painel sobre segurança e manutenção de elevadores na Sindexpo

Inspenge participa da Sindexpo 2024

O Engenheiro Francisco Rabello, Diretor da Inspenge Engenharia, será um dos debatedores do Painel "Patologias e Soluções - Segurança do Trabalho, Manutenções, Patologias, Acessibilidade e Análise de Energia em Condomínios" na Sindexpo Brasília.

Especialista em elevadores, Rabello é membro do Comitê CB-04 da ABNT, responsável pela revisão das normas de elevadores. Sua participação no painel trará insights valiosos para síndicos que buscam garantir a segurança e eficiência dos elevadores em seus condomínios.

A Inspenge Engenharia é referência em consultoria técnica de engenharia e assessoramento ao síndico. A empresa oferece serviços de laudos e projetos de modernização de elevadores, garantindo a conformidade com as normas técnicas e a segurança dos usuários.

Não perca a oportunidade de participar do painel e conhecer as soluções oferecidas pela Inspenge Engenharia. Garanta sua inscrição gratuita no site da Sindexpo: www.sindexpo.com.br.

Serviço:

  • Evento: Sindexpo Brasília
  • Data: 8 e 9 de março
  • Local: Centro de Eventos Brasil 21
  • Co-realização e Curadoria: Sindicondomínio

Saiba como agir em caso de obras irregulares no condomínio

Imagem de pvproductions no Freepik

Um embargo de uma obra, em resumo, se trata de uma ordem judicial com o objetivo de paralisar os trabalhos de uma construção.

No entanto, ela só pode ser emitida quando é comprovado que a obra em questão possui irregularidades ou quando há riscos de acidentes ou lesões.

Ou seja: o embargo é uma medida extrema e só ocorre quando nenhuma ação anterior resolveu o caso.

Se tratando de obras em condomínios, esta também é uma ação possível, por isso, neste artigo, você confere quem pode embargar uma obra em condomínio, como o síndico deve agir e mais. Continue lendo!

Quem pode embargar uma obra em condomínio?

De forma geral, quem tem o poder para embargar uma obra em condomínio é o síndico e o poder público.

Neste caso, ele só poderá tomar essa decisão, caso seja comprovado que a obra está irregular e prejudica o condomínio como um todo, ou seja, a estrutura do prédio, as unidades e também os moradores.

Em um primeiro momento, é aconselhável solicitar os documentos que comprovem a legalidade da obra, como o laudo do engenheiro ou arquiteto, e que comprove que ela não prejudicará a estrutura do condomínio.

Caso o proprietário ou morador da unidade não entregue os documentos solicitados, é obrigação do síndico denunciar a obra à prefeitura da cidade.

Essa obrigação foi definida em 2014, com a criação da NBR 16.280, que concede poderes ao síndico para embargar obras que não estejam em conformidade com a legislação.
Como o síndico deve agir caso identifique uma obra irregular?

Antes de qualquer coisa, o síndico é responsável pela aprovação da documentação da obra. Portanto, ele deve fiscalizar a construção e verificar se foi cumprido tudo o que foi informado pelo condômino.

Caso a obra esteja diferente do que foi previsto, o síndico deve alertar o condomínio e, caso seja necessário, tomar medidas civis e judiciais para que a obra ocorra como planejado.

Se for identificada uma irregularidade, o síndico deve:realizar um “embargo administrativo”, ou seja, notificar o morador e aplicar multas;
proibir a entrada de materiais de construção ou dos prestadores de serviços que estão ligados à obra;
registrar a irregularidade na delegacia de polícia;
e, por fim, caso a obra ainda continue, o síndico deve buscar o poder judiciário para realizar a denúncia e solicitar o embarque da obra.
Como entrar com uma ação contra a obra irregular?

Para entrar com uma ação judicial para embargar uma obra em condomínio, é importante reunir o maior número de documentos possíveis, como relatórios fotográficos, topográficos e uma perícia realizada com engenheiros ou arquitetos.

Então, com o apoio de um advogado, deve-se buscar o poder judiciário e entender se existe alguma irregularidade e quais serão os próximos passos.

Se você prefere não se identificar ou evitar os custos e a burocracia de um processo judicial, existe a possibilidade de realizar uma denúncia anônima na prefeitura da sua cidade.

Veja alguns dos canais de denúncia de algumas cidades brasileiras:
Como evitar que uma obra seja embargada

Existem algumas responsabilidades que podem ser tomadas a fim de evitar que uma obra seja embargada pelo síndico ou pelo poder judiciário. Veja:
  • disponibilizar todos os requisitos necessários para a realização da obra, como os documentos, horários da obra, trânsito de materiais e quem são os prestadores de serviço;
  • apresentar um cronograma da obra ao síndico, contendo: descrição do que será feita na obra; tempo estimado para a realização; planta com as alterações a serem feitas; lista com nome e identificação (RG e CPF) dos prestadores de serviço envolvidos;
  • autorizar a entrada dos materiais da construção e dos profissionais somente quando o síndico estiver ciente e o planejamento da construção estiver aprovado;
  • comunicar sobre a obra aos outros condôminos e moradores do condomínio.

Além disso, o responsável pela obra também deve obter o seguinte documento, antes do início da obra, e apresentá-lo ao síndico:
  • TRT (Termo de Responsabilidade Técnica), quando o profissional responsável é técnico industrial
  • ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), quando o profissional responsável é engenheiro;
  • RRT (Registro de Responsabilidade Técnica), quando o profissional responsável é arquiteto.

Energia fotovoltaica deve ser alternativa sustentável nos condomínios

Painéis fotovoltaicos em fazendas de geração de energia solar podem ser alternativas para condomínios com pouco espaço - Foto: Paulo Carvalho / ABr


A geração de energia através de placas solares ainda tem muito a crescer nos condomínios. Os sistemas de energia fotovoltaica trazem desafios para os gestores – a busca de informação sobre o tema é importante para avaliar a viabilidade para cada caso. Inclusive realizando estudo de viabilidade técnica para sistemas fotovoltaicos em condomínios.

Fazendas de geração distribuída de energia: o condomínio pode fazer parte de um consórcio alugando cotas relativas ao seu consumo

Houve um tempo em que os caminhos para se chegar a tão sonhada economia de energia elétrica nos condomínios eram poucos. As opções se resumiam a buscar modelos de lâmpadas econômicas para as áreas comuns e sensores de presença para iluminar garagens e escadas, por exemplo.

Atualmente, quando se trata de buscar eficiência energética, economia para o caixa do condomínio e respeito ao meio ambiente, a geração de energia fotovoltaica está no topo lista, assim como a modernização de elevadores. “O sistema fotovoltaico gera energia aproveitando a luz solar”, explica a engenheira civil Rita Carrara, assessora em sustentabilidade para condomínios e profissional acreditada Life do Green Building Council (GBC) Brasil. Rita esclarece que os painéis solares geram energia de corrente contínua, que não pode entrar nos aparelhos das nossas casas. “Precisamos da corrente alternada e para isso são instalados inversores, que transformam a corrente contínua em alternada”, resume Rita. A geração de energia fotovoltaica é utilizada pelo condomínio para alimentar as áreas comuns, como salão de festas, elevadores, portões, academia, sauna, iluminação de jardins, entre outros.

De acordo com um levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Brasil já possui mais de 1,8 milhão de sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede. Esses sistemas estão proporcionando economia e sustentabilidade ambiental para cerca de 2,4 milhões de unidades consumidoras, ultrapassando a marca de 20 gigawatts (GW) de potência instalada.

Apesar do crescimento significativo, a adoção da energia fotovoltaica nos condomínios ainda é limitada. Existem vantagens e desafios na instalação desses sistemas. A engenheira Rita destaca a valorização dos imóveis que possuem painéis fotovoltaicos, devido à energia limpa e sustentável que eles representam. Além disso, a facilidade de financiamento é considerada um ponto positivo, com empresas do setor e instituições financeiras oferecendo opções de pagamento em longo prazo.

Por outro lado, o engenheiro Francisco Rabello, diretor da Inspenge, menciona algumas dificuldades na difusão da energia fotovoltaica nos condomínios. Isso inclui a falta de espaço nos telhados dos prédios ou superfícies irregulares que dificultam a instalação dos painéis, problemas de sombreamento causados por caixas d'água ou edifícios vizinhos, ou mesmo devido à topografia da região. Além disso, o alto investimento inicial para a instalação do sistema é uma consideração importante.

Trincos de portas dos elevadores devem ser trocados por novos

Portas de eixo vertical são itens obsoletos que não atendem as normas de acessibilidade e trazem riscos a segurança dos passageiros - Foto; Emerson Tormann

A engenharia caminha de maneira a trazer as soluções para melhoria da performance e da segurança de máquinas e equipamentos de uso geral, e não seria diferente com os elevadores. Na manutenção preventiva de elevadores é feita a verificação periódica do funcionamento dos contatos elétricos e dispositivos eletromecânicos de segurança, para garantir o perfeito funcionamento aos usuários e mantenedores.


Por Eng. Rodrigo Antonio da Silva

Ocorre, que devido ao grande número de elevadores instalados, de fabricantes e de mantenedoras atuantes no mercado de manutenção de elevadores, algumas informações precisam ser bem disseminadas entre os técnicos e bem passadas aos clientes, de forma que todos entendam as necessidades de melhorias nos elevadores.

É importante observar que os trincos de portas de pavimento mais comuns (cerca de 50% dos elevadores de portas de eixo vertical ou de puxar) aplicados nos elevadores instalados aqui no país, têm funcionamento e construção similar, conforme a ilustração da Figura 1 a seguir.


Figura 1: Funcionamento básico de trinco de porta de pavimento. Acionado pela rampa da cabina.

Esses trincos devem estar bem limpos, regulados e lubrificados, mas chega uma hora que devem ser trocados por novos, principalmente nos andares mais usados, devido ao desgaste natural das partes móveis, fadiga de material ou até mesmo interferência externa.

Como o trinco de porta funciona

Os trincos de portas de elevadores antigos (portas de eixo vertical ou de puxar) possuem no batente (marco) de porta um trinco com pelo menos 2 contatos elétricos (Sinal de Porta fechada + Sinal de Porta travada) e os antigos só dependem da porta do andar (gancho de porta) para sinal de Porta fechada, pois o sinal de Porta travada é feito por um conjunto eletromecânico interno, conforme ilustrado na Figura 2.
Figura 2: Ilustração do interior do trinco antigo. Composição de contatos e ponte de contatos.

Nesses trincos, caso uma palheta de contato encoste na outra por algum tipo de defeito ou interferência externa, o sinal de circuito fechado é enviado para o comando e o elevador fecha a porta de cabina e pode vir até a sair do andar.

É por esse e outros motivos que é obrigatório por lei a instalação de avisos nas portas de pavimento, conforme ilustrado na Figura 3 a seguir.

Figura 3: Exemplo de aviso a instalar nos pavimentos

Para a época em que foram projetados e instalados, esses trincos antigos eram considerados seguros, porém com o passar dos anos e evolução das normas, foram verificados problemas mecânicos e elétricos, caracterizados como possíveis falhas de material, de regulagem e funcionamento que levam à necessidade de atualização.

O problema

Nos casos extremos de falhas nesses trincos de portas de puxar, seria possível abrir a porta do pavimento sem o elevador estar parado no andar em que a cabina está parada, ou até mesmo o elevador partir com a porta do pavimento aberta.

Uma condição que exemplifica bem o risco é ilustrada na Figura 4, onde as lâminas dos contatos elétricos estão muito próximas (à menos de 0,5 milímetro) uma da outra. Nesse caso, a porta de cabina pode vir a fechar mesmo que a porta de andar ainda esteja aberta.


Figura 4: Contatos praticamente encostados um no outro. Risco de fecharem o circuito da porta.

Pode parecer exagero, mas acredite, os acidentes com elevadores mais comuns (1º lugar nas estatísticas) estão ligados às portas de pavimento. Nas vistorias e inspeções técnicas de elevadores, os testes de trincos são obrigatórios devido à importância de seu funcionamento e envolvimento direto na segurança ativa.

É comum encontrar os conhecidos “trincos jumpeados”, mas não podemos aceitar essa condição como normal, visto que o elevador pode se mover com a porta do pavimento ainda aberta ou destravada nesses casos devido às irregularidades nos trincos ou em seus circuitos.

Como melhorar a segurança

Devido aos problemas identificados, foram projetados trincos mais modernos, eficazes e seguros, que eliminam o risco dos contatos elétricos se encostarem uns nos outros e provocarem falhas na segurança do elevador, pois com a troca, o fechamento do circuito passará a depender plenamente do gancho de porta de pavimento nos dois sinais. Esses trincos são ilustrados nas Figuras 5 e 6.



Figura 5: Exemplo de trinco eletromecânicos mais seguro


Figura 6: Exemplo de trinco eletromecânico mais seguro

Devido à possibilidade de falhas e necessidade de atualização, é recomendável a troca dos trincos antigos por novos de modelo atual. Os trincos de modelo novo são trincos que possuem tecnologia mais segura e atualizada do que os trincos antigos, originalmente instalados.

Conclusão

Resumindo, a prevenção é a melhor maneira de se evitar transtornos, incidentes, acidentes e paralisações de longa duração em elevadores, além de evitar gastos desnecessários com reparos em trincos de portas de pavimento que podem vir a apresentar problemas em pouco tempo depois da execução dos serviços.

Atividades como inspecionar, conservar e manter corretamente os elevadores de uma edificação requerem constante atualização tecnológica. Oferecer opções mais eficazes e seguras faz parte do dia a dia de quem trabalha com manutenção preventiva de elevadores.

A manutenção preventiva é essencial e faz com que a vida útil dos componentes do elevador seja a maior possível, tornando-o também mais seguro para usuários e mantenedores. Inspecionar periodicamente as portas de pavimento e seus componentes deve ser parte integrante do plano de manutenção de elevadores e assim ser seguida pela empresa mantenedora dos elevadores.

Mulher cai em fosso de elevador na Asa Sul, em Brasília

Acidente aconteceu na quadra 107 Sul, na manhã deste sábado (24). Vítima precisou ser transportada ao Hospital de Base.


https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2022/12/24/mulher-cai-em-fosso-de-elevador-na-asa-sul-em-brasilia.ghtml



*Engº Rodrigo Antonio da Silva atua nos negócios de manutenção, modernização e instalação em uma das maiores empresas do mundo em transporte vertical (elevadores de passageiros, escadas e esteiras rolantes), por mais de 25 anos e em pelo menos 14 estados do Brasil.

Síndicos devem inspecionar áreas comuns em busca de focos de mosquitos

Mantas asfálticas antigas e deformadas retêm água da chuva, criando focos de mosquito. Reforma da impermeabilização evita o problema. SCS, Brasília / DF - Foto Emerson Tormann
Mantas asfálticas antigas e deformadas retêm água da chuva, criando focos de mosquito. Reforma da impermeabilização evita o problema. SCS, Brasília / DF - Foto Emerson Tormann

Contratar consultoria técnica é uma atitude inteligente e pode ajudar a eliminar focos do Aedes aegypti 

A proliferação do mosquito Aedes aegypti e os casos de dengue têm aumentado significativamente no Distrito Federal. Como representantes dos condomínios, é fundamental que vocês estejam atentos e tomem medidas para combater possíveis focos do mosquito dentro das áreas comuns dos prédios. 

O Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal), iniciou uma série de ações para inspecionar obras paralisadas e eliminar pontos de acúmulo de água nesses locais. Foram realizadas vistorias em prédios irregulares da região de Vicente Pires, onde equipes perfuraram lajes para permitir o escoamento da água acumulada.

Após ser constatado o acúmulo da água na cobertura, as equipes do GDF furaram a laje para que a água escoasse para fora do prédio | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília
Após ser constatado o acúmulo da água na cobertura, as equipes do GDF furaram a laje para que a água escoasse para fora do prédio | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília

Da mesma forma, é essencial que os síndicos façam varreduras frequentes nas áreas comuns dos condomínios, como garagens, salões de festa e espaços ao ar livre. Identifiquem possíveis focos, como pneus, latas e qualquer reservatório de água parada. Promovam o escoamento adequado da água e apliquem larvicida quando necessário.

Além de inspecionar áreas comuns, é importante que os síndicos estejam atentos ao acúmulo de água na cobertura do prédio. Telhados e lajes inclinados ou com caimento inadequado, assim como mantas asfálticas antigas e deformadas, podem criar poças depois das chuvas. Obstruções e entupimentos nos drenos de águas pluviais também impedem o escoamento adequado.

Para resolver esses problemas, a Assosindicos DF recomenda a realização de uma reforma completa da cobertura e dos sistema de drenagem com auxílio da Inspenge Engenharia. Nossa empresa poderá indicar, por meio de inspeção e laudo, as melhores soluções de impermeabilização e caimento, além de garantir que os drenos estejam desobstruídos. Essas medidas evitam o acúmulo de água e eliminam possíveis criadouros do mosquito da dengue nos andares superiores do prédio.

Além disso, conversem com a administração do condomínio para verificar se é possível contratar a consultoria técnica de engenharia da Inspenge, caso não tenha, para vistoriar o prédio. Nossos engenheiros podem identificar problemas que favorecem o acúmulo de água e orientar as melhores soluções.

A dengue é uma doença grave, que pode levar à morte. A prevenção depende da contribuição de todos. Como síndicos, vocês têm um papel fundamental na adoção de medidas que protejam a saúde dos moradores. É hora de unirmos forças no combate ao mosquito!

Desastres naturais: Síndico e responsabilidades nos condomínios

O Papel do Síndico: Zelando pelo Condomínio em Tempos de Crise

Responsabilidades em caso de desastres naturais: Quem paga a conta?

Inundações que transformam ruas em rios, garagens em lagoas, derrubam muros, árvores, estragam portões e arrancam telhados são algumas das consequências nefastas da passagem do El Niño nos últimos meses. À medida que os fenômenos climáticos extremos se tornam mais frequentes, a questão premente surge: quem arca com os prejuízos quando a natureza atinge em cheio um condomínio?

Segundo a legislação, a responsabilidade pelo ressarcimento de danos decorrentes de desastres naturais recai sobre quem deu causa ao problema, seja por ação ou omissão, mesmo que seja um evento imprevisível. No entanto, a distribuição das responsabilidades dentro de um condomínio pode ser complexa e sujeita a interpretações.

Tanto os moradores quanto o condomínio têm suas parcelas de responsabilidade. Se os danos ocorrem no espaço privativo de uma unidade, o morador arca com as despesas. Por outro lado, se os estragos afetam áreas comuns, a responsabilidade recai sobre o condomínio, salvo disposição em contrário na Convenção Condominial.

O síndico, figura central na gestão condominial, assume um papel importante nesses cenários. É sua obrigação diligenciar a conservação das áreas comuns, zelar pela prestação de serviços essenciais e, sobretudo, prevenir danos decorrentes de desastres naturais.

Por exemplo, se durante uma tempestade uma árvore cai sobre um veículo estacionado no pátio do condomínio, a aparente casualidade pode ocultar falhas na manutenção preventiva. Se havia risco de queda e o síndico negligenciou providências para mitigá-lo, ele pode ser responsabilizado pelos danos.

Outra situação comum é o alagamento da garagem subterrânea devido a falhas na drenagem. Se a origem do problema for negligência na manutenção das instalações hidráulicas, tanto o síndico quanto a administradora podem ser responsabilizados.

O Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (IBDEC) enfatiza que chuvas intensas, por si só, não eximem os envolvidos de responsabilidade. Quando o alagamento resulta de falhas na drenagem, a situação deixa de ser considerada um desastre natural, implicando a obrigação de indenizar.

Portanto, a prevenção é fundamental. Alertas sobre riscos iminentes, manutenção adequada das instalações e comunicação transparente com os moradores são medidas essenciais para mitigar danos e evitar litígios desnecessários.

Em suma, embora a linha entre caso fortuito e negligência seja tênue, a prevenção e a cooperação entre moradores, síndico e administradora emergem como os melhores antídotos contra os estragos da natureza nos condomínios. No jogo das responsabilidades, a transparência, a diligência e o cumprimento das obrigações são as melhores garantias de proteção do patrimônio e da segurança dos moradores.

ABNT abre Consulta Nacional para revisão em normas técnicas de construção e infraestrutura 2024



Contribua para um setor mais seguro participando do aprimoramento e atualização das Normas Técnicas

Por Luciane - Sinduscon RS

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) anunciou a abertura de Consulta Nacional para diversos projetos de revisão de normas técnicas relacionadas à Construção Civil e Infraestrutura. Esse processo faz parte do protocolo da ABNT para o desenvolvimento e atualização de suas normas, garantindo a participação da sociedade na definição de padrões técnicos.

As normas técnicas desempenham um papel fundamental na padronização e regulamentação de processos e procedimentos em diversas áreas. No contexto da Construção Civil e Infraestrutura, elas são essenciais para garantir a segurança, a qualidade e a eficiência das edificações e das obras em geral. No entanto, com o avanço tecnológico e as constantes inovações na indústria, é necessário atualizar e adaptar essas normas para acompanhar as mudanças e os novos desafios enfrentados pelo setor.

Projetos em Consulta Nacional:

ABNT/CB-002 Construção Civil: Projeto de Revisão ABNT NBR 15220-3: Desempenho térmico de edificações Parte 3: Zoneamento bioclimático por desempenho. Aberto a contribuições até 22/02/2024.

ABNT/CB-039 Implementos Rodoviários: Projeto ABNT NBR 17157: Implementos rodoviários – Ensaio de queda em válvulas de alívio de pressão em tanque. Aberto a contribuições até 22/02/2024.

ABNT/CB-055 Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação e Aquecimento:

Projeto ABNT NBR 17156: Sistemas de exaustão para churrasqueiras e chaminés de edificações residenciais com múltiplos pavimentos. Aberto a contribuições até 21/02/2024.

Projeto ABNT NBR 17154: Capelas de exaustão de gases e vapores – Método de ensaio. Aberto a contribuições até 21/02/2024.

Projeto de Revisão ABNT NBR 15848: Sistemas de condicionamento de ar e ventilação – Procedimentos e requisitos relativos às atividades de construção, reformas, operação e manutenção das instalações que afetam a qualidade do ar interno. Aberto a contribuições até 22/02/2024.

ABNT/CEE-220 Elaboração de Projetos para Disposição de Rejeitos e Estéreis em Mineração: Projeto de Revisão ABNT NBR 13028: Mineração ― Elaboração e apresentação de projeto de barragens para disposição de rejeitos, contenção de sedimentos e reservação de água ― Requisitos. Aberto a contribuições até 22/02/2024.

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Dois temas ainda negligenciados em condomínios: Prevenção e Conformidade

Além dos vazamentos de gás (GLP), o condomínio deve verificar as condições do sistema de combate a incêndios, incluindo alarme e sensores - Imagem de Freepik
Além dos vazamentos de gás (GLP), o condomínio deve verificar as condições do sistema de combate a incêndios, incluindo alarme e sensores - Imagem de Freepik


Garantindo Segurança e Conformidade em Condomínios: A Importância de Laudos Técnicos de Inspeção Predial

Para garantir a segurança e a integridade tanto dos sistemas de gás quanto dos elevadores em condomínios, é imprescindível a contratação de uma consultoria de engenharia especializada. Esta medida se faz necessária para a elaboração de laudos de estanqueidade e de segurança, fundamentais para assegurar o funcionamento adequado desses sistemas e evitar riscos à segurança dos moradores.

Laudo de Estanqueidade de Gás

A norma NBR 15.571 estabelece a necessidade de realizar testes de estanqueidade no sistema de gás dos edifícios, utilizando métodos específicos que incluem a aplicação de gases sob pressão. O objetivo desses testes é detectar falhas que possam comprometer a segurança, evitando vazamentos de gás que podem levar a incidentes graves, como incêndios. 

É vital a realização dessas verificações anualmente, não apenas para cumprir com as exigências do Corpo de Bombeiros, mas também para promover um ambiente seguro. Somente com um laudo técnico, elaborado por um profissional habilitado, é possível identificar e corrigir problemas de forma antecipada, facilitando a aprovação em vistorias subsequentes realizadas tanto pelos bombeiros quanto por seguradoras, especialmente em casos de sinistros, onde esse documento se torna crucial para a liberação de pagamentos ou ressarcimentos.

Seguro de Elevador

Quanto aos elevadores, componentes críticos nas estruturas condominiais, a sua manutenção e seguro adequados são igualmente essenciais. O elevador, além de ser um meio de transporte seguro, representa um ponto significativo de consumo de energia elétrica dentro do condomínio. 

Para evitar despesas inesperadas com manutenções ou substituições de peças, muitas vezes de alto custo, é recomendável a contratação de um seguro específico que cubra integralmente o elevador. Este seguro deve abranger desde danos por descargas elétricas e sobretensões até danos materiais e pessoais. 

A obtenção de um laudo técnico, através de uma consultoria técnica, assegura que o elevador atende a todas as normativas de segurança e operação, evitando responsabilidades civis e criminais por parte do condomínio e do síndico devido à negligência ou omissão na manutenção.

A contratação de profissionais e/ou empresas habilitadas para emitir tais laudos não apenas garante a correção de falhas antes da realização de vistorias obrigatórias, mas também contribui para a segurança geral dos condôminos e a preservação do patrimônio condominial. 

Portanto, é de suma importância que síndicos incluam no planejamento do condomínio a regular contratação desses serviços especializados, reforçando o compromisso com a segurança e o bem-estar de todos os residentes.

12 medidas essenciais para se ter acessibilidade dentro do edifício

Avanços e desafios na acessibilidade para pessoas com deficiência no Brasil - Imagem gerada por IA
Avanços e desafios na acessibilidade para pessoas com deficiência no Brasil - Imagem gerada por IA


O papel da Consultoria Técnica na implementação de normas de acessibilidade em condomínio

Segundo a última Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),cerca de 18,9 milhões de pessoas, ou 8,9% da população brasileira possui algum tipo de deficiência. Em números gerais, isso significa que 18,6 milhões de brasileiros apresentam severas limitações de locomoção, de visão e de cognição. É fato que as pessoas com deficiência (PcD) no país conseguiram, nas últimas duas décadas, vários e importantes avanços legais com a promulgação de leis e normas técnicas que buscam promover o bem-estar e segurança dessa significativa parcela da população. 

No ano 2000, foi promulgada a Lei de Acessibilidade (10.098/2000) que  estabeleceu, em todas as esferas do poder público, diretrizes gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.  Mais recentemente foi promulgada a Lei Brasileira de Inclusão, ampliando o tema.

Apesar dos avanços legais, segundo informa o engenheiro civil Augusto Cardoso Fernandes, que foi coordenador de acessibilidade do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, e co-autor do livro “Acessibilidade: 14 profissionais e 1 propósito”, garantir na prática a acessibilidade a todos ainda é tarefa difícil. “Em termos de legislação estamos bem servidos, o desafio fica por conta da implementação”, diz.

Indo além das calçadas acessíveis, que já são obrigatórias nas cidades brasileiras, a acessibilidade precisa acontecer também dentro dos prédios e apartamentos. Para que isso aconteça, conforme explica Augusto, a construtora deve disponibilizar ao consumidor uma planta adaptada para o apartamento, caso ele necessite de medidas acessíveis. “Hoje nós recomendamos que os projetos sejam desenvolvidos com o desenho universal, ou seja, que já atenda o quesito básico da acessibilidade”, afirma. 

Justamente para aprimorar as medidas acessíveis dentro de seus empreendimentos, a GPL Incorporadora convidou o engenheiro para dar uma consultoria nos canteiros de obras acerca das normas técnicas de acessibilidade. “O objetivo é ajudar a equipe de engenharia a desenvolver o olhar mais apurado para os pequenos detalhes que precisam ser observados para que a acessibilidade se concretize”, informa Augusto, que vem acompanhando a execução dos projetos da construtora.

Além do extenso know-how técnico como engenheiro civil há mais de 22 anos, Augusto Cardoso traz também o ponto de vista de quem sente na pele os desafios de se locomover livremente e com segurança. O  engenheiro é cadeirante desde 1992, em virtude de um acidente enquanto praticava judô. “Um pequeno desnível, um grau de inclinação a mais na rampa, a falta de um corrimão ou uma porta mais estreita fazem diferença no dia a dia de quem precisa da acessibilidade”, expõe.

Com base no conhecimento técnico e na sua vivência, o engenheiro Augusto Cardoso lista, a seguir, dez medidas relativamente simples, mas que tornam realmente eficaz a acessibilidade dentro dos prédios residenciais e comerciais. Confira:

1 – Rampas 

Com o objetivo de permitir a entrada de moradores e passantes a um prédio, as rampas  são de extrema importância. Levando em consideração que a sua utilização é essencial para pessoas em cadeira de rodas e com mobilidade reduzida, se faz necessário uma inclinação e largura adequadas. Segundo observa Augusto Cardoso, o ideal é que as rampas tenham uma inclinação entre 5% a 8,33%.

2 – Corrimãos

As barras laterais de apoio para as mãos são imprescindíveis nas rampas e escadas. O ideal é que haja duas barras, uma a 70 centímetros de altura, que irá atender pessoas com baixa estatura, crianças, cadeirantes; e a outra com altura de 92 centímetros, para atender pessoas mais altas.

3 – Piso tátil 

Também conhecido como placas com relevos fixadas ao chão, o piso tátil tem por finalidade alertar ou guiar o percurso de pessoas com deficiência visual. Dentro de um condomínio, o piso tátil de alerta é o mais utilizado e esse meio de sinalização deve estar instalado em todas as áreas onde há algum desnível entre pisos, como no início e no final de escadas e rampas e em frente à porta de elevadores. 

Nas calçadas, são utilizados tanto o piso tátil de alerta quanto o direcional, que servem para mostrar um caminho seguro sem obstáculos. Vale ressaltar que, apesar de ser voltado para pessoas com deficiência visual, as cores dos elementos importam. “A maior parte das pessoas com deficiência visual tem um percentual baixo de visão.  A existência de sinalização tátil com cores contrastantes com o piso existente ajuda a identificá-los e inibe acidentes, enquanto quem tem a perda total da visão, utilizam as faixas em alto-relevo como guia promovendo mais autonomia”, salienta o engenheiro.

4 – Largura dos corredores

Seja nos espaços internos ou externos de um edifício, os corredores devem ser projetados para atender, de forma confortável, o fluxo de pessoas que ali residem ou frequentam. Para corredores com extensão de até quatro metros, onde passa apenas uma pessoa por vez, as dimensões devem ser de 90 centímetros de largura. Já para permitir a passagem de uma pessoa e uma cadeira de rodas juntos, os corredores devem ter dimensões de 1,20 metros de largura, porém, neste caso, a cadeira de rodas não conseguirá fazer um giro para retornar no mesmo corredor. 

O ideal é um corredor com largura de 1,50 metros, que além de permitir a passagem de duas cadeiras de rodas ou dois carrinhos de bebê, garante que a pessoa consiga fazer o retorno no mesmo corredor.  “Isso permite um fluxo de pessoas e uma facilidade maior de circulação para todos, em especial aquelas com deficiência  ou com mobilidade reduzida, o que inclui idosos, gestantes, obesos e mães com crianças de colo”, pontua Augusto.

5 – Medidas das portas

Para assegurar uma passagem segura para cadeirantes, segundo o engenheiro, as portas devem ter, ao menos, 80 centímetros de largura. Vale lembrar também que na lateral da porta deverá existir um espaço adicional de parede com 60 centímetros caso a abertura seja para dentro (puxando), e 30 centímetros quando ela é aberta para fora (empurrando). “Se não há este espaço, a cadeira de rodas ficará em frente ao vão livre da porta, sem espaço para puxá-la ou empurrá-la, dificultando muito  a abertura”, explica Augusto.

6 – Desníveis entre ambientes

Um dos grandes desafios da acessibilidade é conseguir garantir um desnível máximo de 5 milímetros entre os ambientes. Você não leu errado, eu disse mesmo meio centímetro. Esse ai é o valor que pode ser deixado entre os ambientes sem que se faça nenhum tratamento. Mas aí vem outras duas variáveis que devem ser levadas em consideração e que também impactam muito na edificação. 

A primeira variável é a água. Isso porque, 5mm não é o suficiente para impedir que a água circule de uma ambiente para outro, principalmente naqueles locais que recebem a chuva diretamente nas portas. Sendo assim, a solução antes apresentada era elevar os trilhos das portas que, em contrapartida, inviabilizam a acessibilidade. 

A outra variável é o vento, ou melhor o barulho que o vento provoca ao passar pelos frisos das portas. Para atender ambas as variáveis, o ideal é o uso das soleiras inclinadas. Elas são soleiras comuns instaladas com uma inclinação que pode, inclusive, ter meio centímetro na borda no ambiente mais baixo.

7 – Alcance visual

Uma das principais frustrações de um cadeirante e pessoas com baixa estatura é não poder apreciar a vista estando em frente a uma janela. Contudo, de uns tempos para cá esta frustração tem diminuído gradativamente, pois as janelas estão sendo especificadas com tamanhos maiores e que contemplam também uma parte mais baixa, o que permite uma melhor visualização de ruas, parques, enfim, as mesmas coisas que uma pessoa em pé consegue observar.

8-  Sinalização

Em todos os ambientes de uso comuns é importante que a sinalização não apenas identifique o ambiente tais como salão de festas, sanitários, brinquedoteca, sauna, mas também tenha uma atenção na escolha das cores, tamanho de letras, que existam pictogramas associados e também tenham o braile. Vale lembrar que estas placas têm que estar instaladas mantendo uma padronização de altura e posição para que seja facilmente identificada pelas pessoas, inclusive as com baixa visão ou cegas.  

9 – Brinquedotecas

De acordo com o engenheiro, ainda é muito recorrente a aplicação de mobiliário com quinas, tomadas baixas e pendentes que a criança consegue alcançar a lâmpada. “Eu tenho orientado as construtoras a mudarem estas práticas porque colocam a criança em risco. A acessibilidade também se preocupa com estas medidas de segurança”, diz Augusto.

10 – Banheiro acessível

Espaços mais largos para a manobra da cadeira de rodas, instalação de barras de apoio e posicionamento adequado do vaso, lavatório, acessórios e descarga, são intervenções essenciais em banheiros. Augusto explica as normas de acessibilidade: a altura da descarga deverá estar a um metro do chão. Já a respeito do lavatório, o espaçamento entre a parte inferior ao piso, deve ser de, no mínimo, 65 centímetros sendo que o ideal seria de 73 centímetros, para que cadeirante consiga encaixar sua cadeira embaixo, na hora de usá-lo. 

Além disso, é imprescindível ter um botão ou campainha de emergência, para ser acionado em caso de acidentes. É necessário ainda ter um porta-objetos e um cabide fixados entre 80 a 120 centímetros para servir como apoio para as bolsas, mochilas e acessórios usados pelas pessoas.

Além dessas medidas, é crucial enfatizar a importância da acessibilidade nos elevadores, conforme destacado pelo engenheiro Mecânico Francisco Rabello:

Elevadores Acessíveis: Os elevadores devem atender às normas de acessibilidade, garantindo segurança e facilitando o acesso de pessoas com mobilidade reduzida ou portadoras de deficiência. A inclusão de comunicação sonora é essencial para auxiliar pessoas cegas.

Elevador antigo, com porta de eixo vertical e botoeira de longo curso em posição inadequada, itens que não atentem a norma de acessibilidade - Foto: Emerson Tormann
Elevador antigo, com porta de eixo vertical e botoeira de longo curso em posição inadequada, itens que não atentem a norma de acessibilidade - Foto: Emerson Tormann 

Modernização de Elevadores: Para elevadores antigos, é obrigatório a substituição de portas de pavimento de eixo vertical por portas automáticas, além da atualização de botoeiras, painéis de comunicação e outros itens de acessibilidade e segurança.

Elevador novo (modernizado com porta automática) e antigo lado a lado mostram diferenças relacionadas a acessibilidade - Foto: Emerson Tormann
Elevador novo (modernizado com porta automática) e antigo lado a lado mostram diferenças relacionadas a acessibilidade - Foto: Emerson Tormann

A adesão a essas diretrizes não apenas cumpre com a legislação vigente, como também promove uma sociedade mais inclusiva e acolhedora para todos. Segundo Rabello, apesar dos avanços legais, o desafio permanece na implementação prática dessas medidas. A conscientização sobre a importância da acessibilidade e o comprometimento em implementá-la efetivamente são passos fundamentais para garantir o direito de todos à mobilidade e à segurança.

Saiba mais: Bem-estar dos idosos em condomínios (assosindicosdf.com.br)