CONSULTORIA E INSPEÇÃO PREDIAL - NBR 16280

Atestamos a edificação para valorizar o patrimônio imobiliário a custos competitivos e atendimento diferenciado.

INSPEÇÃO DE ELEVADORES / LAUDO TÉCNICO

Com experiência de 32 anos em elevadores, a equipe é composta por profissionais habilitados que atendem a todos os fabricantes.

PROJETO DE MODERNIZAÇÃO DE ELEVADORES

Devem se adequar às normas técnicas de segurança e de acessibilidade vigentes para aumentar o desempenho.

PMOC - PLANO DE MANUTENÇÃO, OPERAÇÃO E CONTROLE

O Ministério da Saúde recomenda a manutenção dos aparelhos de sistemas de climatização artificial em todos os estabelecimentos.

ANALISE E MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR INTERNO - QAI / IAQ

Com experiência de 35 anos em ar condicionado a equipe é composta por profissionais preocupados com sua saúde.

Curso de Formação de Síndicos para Gestão Condominial: Modernização de Elevadores

Nesta quinta(14), o Curso de Formação de Síndicos para Gestão Condominial contou com a presença do Engenheiro Mecânico Francisco Rabello, da Inspenge. Rabello palestrou sobre um tema crucial para a gestão de condomínios: a modernização de elevadores.

Rabello, com sua vasta experiência e conhecimento na área, destacou a importância da modernização dos elevadores nos condomínios. Ele ressaltou que a modernização não é apenas uma questão de atualizar a tecnologia, mas também uma questão de segurança e eficiência energética.

O engenheiro explicou que os elevadores modernos são equipados com tecnologias que permitem uma operação mais suave e silenciosa, além de serem mais eficientes em termos energéticos. Além disso, eles também são projetados para serem mais seguros, com recursos como portas automáticas e sistemas de freio avançados.

Rabello também abordou o processo de modernização, enfatizando que é um projeto que requer planejamento cuidadoso e execução profissional. Ele aconselhou os síndicos a trabalharem com empresas especializadas e confiáveis para garantir que o projeto seja realizado corretamente.

A palestra foi bem recebida pelos participantes do curso, que elogiaram a apresentação informativa e esclarecedora de Rabello. Muitos expressaram seu interesse em explorar a possibilidade de modernizar os elevadores em seus respectivos condomínios.

O Curso de Formação de Síndicos para Gestão Condominial continua a oferecer aos síndicos a oportunidade de aprender com especialistas em diversas áreas relevantes para a gestão eficaz dos condomínios. Com palestrantes como Francisco Rabello, o curso está ajudando a formar síndicos bem informados e preparados para enfrentar os desafios da gestão condominial.

Pix para pagar contas de luz e condomínio sem internet

Foto: Emerson Tormann

Novidade, batizada de Pix automático, deve ser lançada no ano que vem e permitirá pagamento de despesas recorrentes, como plano de saúde


O Pix, sistema de pagamento instantâneo lançado em novembro de 2020, está prestes a dar mais um passo revolucionário no mundo financeiro. De acordo com o Relatório de Gestão do Pix divulgado pelo Banco Central, a partir do segundo trimestre do próximo ano, os condôminos terão a possibilidade de utilizar o Pix para pagar suas taxas de condomínio, proporcionando maior comodidade e eficiência no processo de quitação de despesas recorrentes.

Essa novidade faz parte do Pix automático, que permitirá o débito automático em contas para obrigações recorrentes, como a taxa de condomínio, energia elétrica e plano de saúde. O diretor do Banco Central, Renato Gomes, destacou que todas as instituições que oferecem o Pix terão a oportunidade de aderir ao Pix Automático, abrindo caminho para uma transformação significativa na forma como as contas de condomínio são pagas.

Uma das mudanças mais esperadas é a possibilidade de realizar operações Pix sem a necessidade de conexão com a internet. Embora a data para a implementação dessa funcionalidade ainda não tenha sido definida, ela visa tornar o pagamento de pedágios, transporte público e outros serviços mais acessíveis e convenientes.

Além disso, o Relatório de Gestão do Pix prevê a expansão do uso do Pix em transações internacionais e parcelamentos, tornando-o uma opção versátil para várias situações financeiras.

A flexibilidade do Pix Automático é destacada no relatório, com o objetivo de atender às diversas necessidades de negócios, estimulando a competição e promovendo a eficiência no setor financeiro. A expectativa é de que, com a maior quantidade de agentes oferecendo essa solução, os custos sejam reduzidos em comparação com serviços similares atualmente disponíveis.

Desde o seu lançamento, o Pix tem apresentado um crescimento notável, com dados de dezembro de 2022 revelando um total transferido de R$ 1,2 trilhão em um único mês. Isso representa um marco significativo em comparação com o seu início, quando mais de 60% das operações no Brasil envolviam valores inferiores a R$ 100.

Uma das vantagens mais evidentes do Pix, destacada pelo Banco Central, é a inclusão bancária. Com o aumento da sua popularidade, 71,5 milhões de pessoas foram integradas ao sistema financeiro nacional. Essa inclusão demonstra o impacto positivo que o Pix está tendo na vida das pessoas, tornando o acesso a serviços financeiros mais democrático e eficiente.

Administradoras de condomínios devem se adaptar a novidade para incentivar pagamento em dia


O pagamento de taxas de condomínio via Pix automático, previsto para ser lançado no segundo trimestre de 2024, deve trazer mudanças importantes para as administradoras de condomínios.

Atualmente, o pagamento de taxas de condomínio é feito, em sua maioria, por boleto bancário. Essa modalidade de pagamento é prática e segura, mas pode gerar inadimplência, pois os condôminos podem esquecer de pagá-la em dia.

O Pix automático, por outro lado, permite que as taxas de condomínio sejam debitadas automaticamente da conta bancária do condômino no dia do vencimento. Isso elimina o risco de inadimplência e garante que o condomínio receba o valor total das taxas no prazo.

Para se adaptar a essa nova modalidade de pagamento, as administradoras de condomínios terão que realizar alguns ajustes em seus sistemas. Elas precisarão integrar os seus sistemas de gestão com os sistemas de pagamento do Pix, para que possam gerar automaticamente os boletos e realizar os débitos automáticos das taxas.

Além disso, as administradoras de condomínios terão que informar aos condôminos sobre a nova modalidade de pagamento e orientar sobre como realizar o cadastro no Pix.

O Pix automático é uma solução que pode trazer benefícios tanto para as administradoras de condomínios quanto para os condôminos. Para as administradoras, a nova modalidade de pagamento pode reduzir os custos operacionais e melhorar o fluxo de caixa. Para os condôminos, o Pix automático pode facilitar o pagamento das taxas de condomínio e evitar problemas com inadimplência.

Algumas vantagens do Pix automático para as administradoras de condomínios:
  • Elimina o risco de inadimplência;
  • Garante que o condomínio receba o valor total das taxas no prazo;
  • Reduz os custos operacionais;
  • Melhora o fluxo de caixa.

Algumas vantagens do Pix automático para os condôminos:
  • Facilita o pagamento das taxas de condomínio;
  • Evita problemas com inadimplência;
  • É uma modalidade de pagamento prática e segura.

Frente Parlamentar do BIM é lançada no Congresso

Frente Parlamentar será crucial na modernização do país e na integração do BIM nas licitações públicas, segundo especialistas do setor.

Objetivos da frente parlamentar são disseminar a ferramenta e estimular seu uso nas obras públicas


A Câmara dos Deputados lançou em 30 de agosto a Frente Parlamentar em Defesa do Sistema de Modelagem da Informação da Construção (FPBIM) foi lançada em 30 de agosto, no Congresso Nacional. Os objetivos da Frente são promover ações para disseminar a importância do uso do BIM (sigla em inglês para Modelagem da Informação da Construção) e estimular o uso da ferramenta pelo poder público na construção de obras no país.

Deputado destaca que o BIM pode reduzir custos em até 20% e encurtar prazos em 30% nas obras públicas.

O deputado federal Júlio Lopes (PP-RJ), presidente da Frente, qualificou o BIM como uma importante solução para garantir maior eficiência e economia para o país. Ele destacou que o BIM é a base de programas relevantes já utilizados em algumas obras e permite que o projeto seja compartilhado em todas as etapas da produção. O BIM – prosseguiu – possibilita a correção de erros quase automaticamente e com isso, as obras podem ficar até 20% mais baratas e levam 30% menos tempo para serem concluídas.

Segundo o deputado, a Frente Parlamentar irá promover debates e eventos para estimular o intercâmbio dos parlamentares com empresas, órgãos de fiscalização e controle do Brasil e de outros países, em busca da ampliação do uso do BIM.

Lopes ainda lembrou que o BIM foi incluído como item preferencial na Lei de Licitações e Contratos (Lei 14.133/2021). “Com a Lei de Licitações em vigor a partir de 1º de abril de 2024, as obras públicas prioritárias que forem apresentadas também deverão estar modeladas em BIM. Nesse contexto, a Frente Parlamentar terá um papel essencial no debate para a modernização do país. Vamos acompanhar e contribuir para a execução das obras de maneira mais ágil e econômica”, declarou.

Diálogo com o Congresso

Frente Parlamentar será crucial na modernização do país e na integração do BIM nas licitações públicas, segundo especialistas do setor.

Presente ao lançamento, Dionyzio Klavdianos, presidente da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (Comat) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) destacou o avanço que a metodologia BIM pode conferir às obras públicas e referendou a importância do diálogo com o Parlamento.

“Ter uma Frente falando sobre o tema é muito positivo e vai impulsionar o processo de adoção do BIM em licitações públicas, notadamente na construção. O apoio do Congresso é determinante para viabilização da revisão do decreto e, posteriormente, na persuasão de prefeitos para implementação do BIM na integralidade das concorrências realizadas nas suas cidades”, afirmou.

Além de Lopes, participaram da mesa de abertura do lançamento: o diretor de Desenvolvimento da Indústria de Bens de Consumo Não Duráveis e Semiduráveis do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Rafael Codeço; o ex-deputado federal e atual secretário executivo do Ministério das cidades, Hildo Rocha; e o coordenador executivo da Frente Parlamentar do BIM, coronel Washington Lüke.

Com informações de Rafael Marko da CBIC
Fotos: Agência Câmara / Divulgação

Norma ABNT NBR 17170: Principais pontos e impacto na garantia de edificações é debatido em evento híbrido

Especialistas exploram implicações da nova norma de garantias na construção civil em evento promovido por conselhos de Engenharia e arquitetura do DF

Especialistas e profissionais do setor de construção civil reuniram-se para discutir os principais pontos da recém-publicada Norma ABNT NBR 17170:2022, que versa sobre as garantias e o desempenho das edificações entregues pelas construtoras. A norma, que entrou em vigor no mesmo ano, visa estabelecer diretrizes para melhorar a qualidade das construções e a relação entre construtores, investidores e adquirentes.

A apresentação teve início com uma breve introdução sobre o histórico da norma, destacando que seu desenvolvimento é parte de uma longa trajetória de estudos que remonta a décadas atrás. O palestrante enfatizou a complexidade da construção civil como um produto e a necessidade de regular o mercado e resolver conflitos entre os diversos atores envolvidos, incluindo construtores, investidores, gestores e, muitas vezes, litigantes judiciais.

A Norma ABNT NBR 17170:2022 é vista como uma contribuição acadêmica para a busca da qualidade na construção civil e aborda diversos aspectos relacionados à garantia e ao desempenho das edificações. Ela estabelece um ciclo de vida para as construções, que começa no planejamento, passa pelo projeto, construção e se estende até o reuso ou demolição da edificação.

No ciclo de vida das edificações, a norma ressalta a importância da equipe de projeto, composta por arquitetos, engenheiros, técnicos industriais e outros profissionais especializados, que deve considerar a vida útil de projeto desde o início do planejamento. A vida útil de projeto é uma característica muitas vezes negligenciada pelos compradores, mas que influencia diretamente a qualidade e a durabilidade da construção.

Além disso, a norma destaca a necessidade de se levar em consideração os sistemas construtivos, garantindo a solidez e a segurança das edificações. Ela também aborda a questão da durabilidade, que envolve a qualidade dos materiais, a qualidade dos projetos e a qualidade do uso.

Um dos pontos-chave da norma é a garantia, que deve ser detalhada nos contratos e deve ser entendida tanto pelos profissionais da construção quanto pelos investidores e moradores. Ela diferencia entre garantia legal e garantia oferecida pelo incorporador ou construtor, permitindo que esta última seja ajustada de acordo com o contrato.

A norma também estabelece requisitos para reparos e substituições durante o período de garantia, bem como para sistemas construtivos. Ela define que os elementos construtivos devem ter um prazo mínimo de garantia de 90 dias ou o remanescente do prazo original, garantindo que qualquer reparo não estenda indefinidamente o período de garantia.

A apresentação sobre a Norma ABNT NBR 17170:2022 deixou claro que seu objetivo é promover a qualidade e o desempenho das edificações, além de aprimorar a relação entre construtores e investidores. Ela representa um passo importante na busca por construções mais seguras, duráveis e de alta qualidade, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do setor de construção civil. A norma traz clareza e transparência para as garantias oferecidas, o que é essencial para a construção de uma sociedade comprometida com a excelência na construção civil.

Assista ao evento na íntegra:

Novos edifícios terão que oferecer tomadas para veículos elétricos


A Comissão de Assuntos Fundiários (CAF) aprovou, nesta quarta-feira (16), o projeto de lei nº 2.169/21, do ex-distrital José Gomes (PP), em tramitação conjunta com o PL do Poder Executivo nº 197/23, que torna obrigatória a instalação de pontos de recarga elétrica individual para veículos híbridos e elétricos em novos edifícios do Distrito Federal.

As regras se aplicam aos projetos de condomínios verticais, horizontais (residenciais ou comerciais), estacionamentos privados e shoppings centers que ofereçam serviço de garagem, não incluindo obras em andamento.

A proposta também exclui da obrigatoriedade as obras que integrem programas sociais de habitação, edificações de uso residencial unifamiliar e os prédios cuja a obra, mesmo que ainda não iniciada, já tenha sido aprovada pela autoridade competente.

O texto aprovado ressalta que a iniciativa atende a uma “tendência mundial de transição da utilização de veículos automotores movidos a combustíveis fosseis para veículos híbridos ou totalmente movidos à energia elétrica”.

Além disso, o projeto prevê que o Poder Executivo poderá estabelecer incentivos à adoção de solução de recargas elétricas para os condomínios já existentes e também poderá fomentar a criação de pontos públicos de recarga elétrica por empresas.

A matéria foi discutida e aprovada por unanimidade pelos membros da comissão, deputados Gabriel Magno (PT), Pepa (Progressistas) e Hermeto (MDB). Magno classificou a proposta como “meritória”, porém, destacou que “ainda faltam políticas mais concretas para o transporte coletivo de massa e mais incentivo a esse tipo de transporte no DF”.

Aprovado pela comissão, o texto seguirá para votação em plenário.

Participação social no PDOT foi tema de reunião na CLDF



Representantes da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) estiveram na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) durante a manhã desta sexta-feira (11) para explicar os mecanismos de participação social no Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) e debater como será o processo. O evento foi conduzido pelo deputado Fábio Felix (Psol), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar (CDDHCEDP) e contou com a participação de representantes da sociedade civil e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

O distrital fez questão de registrar a importância do PDOT para o DF e, principalmente, a necessidade da participação social para definir o que se defende para o futuro do DF. “O plano fala sobre a composição e o desenvolvimento da cidade. Sobre qual projeto de cidade defendemos para o próximo período. A discussão da semana é o trânsito e estimular o transporte individual não resolve o problema. Além disso, não dá para se fazer todas as obras simultâneas no mesmo circuito rodoviário ou naqueles que concorrem. E nem todas as obras têm trazido as soluções que a população defende e quer para o fluxo da cidade”, declarou Fábio Felix.

O deputado ainda lembrou que é preciso debater questões entrelaçadas como o projeto Zona Verde. “Também é um debate importante. Na concepção, sou absolutamente favorável à que se tenha revezamento de estacionamento nas áreas centrais. Acho que isso pode trazer uma certa dinâmica para a cidade, fortalecimento inclusive do ponto de vista econômico. Mas, ainda estou muito cético com o investimento real no transporte público. O que isso pode gerar de ampliação da desigualdade se não existe aporte real no transporte coletivo. 

A perspectiva é que o governo fature R$ 76 milhões por ano. O GDF fica com 20% e a concessionária fica com 80% e são 110 mil vagas por 20 anos. Não tem sequer um projeto piloto. Quem conhece a conta do transporte público, sabe que esse valor é muito pouco. Hoje o transporte coletivo custa R$ 2,8 bilhões e perspectiva é de que chegue a R$ 4 bilhões. Ou seja, com setenta e seis milhões não se faz nem 500 metros de metrô porque o custo do quilômetro pronto é de R$ 200 milhões”, finalizou Fábio Felix.


A subsecretária de Políticas e Planejamento Urbano da Seduh, Juliana Coelho, explicou como está sendo a dinâmica de participação popular no processo de reformulação do PDOT. “A gente acha que é necessário escutar a população desde o início do processo. Conhecemos as questões técnicas do território, mas a população é quem mora ali e vive o dia-a-dia. Serão 54 reuniões públicas, uma em cada região administrativa (R.A.), exceto Ceilândia, que terá duas, e também outras, referentes aos segmentos e temas do Comitê de Gestão Participativa (CGP). Até agora já foram 18 reuniões, com a participação total de 1.500 pessoas. Nossa previsão é enviar para análise da Câmara Legislativa no início de 2025”, disse Juliana.

Por sua vez, o diretor de Planejamento Urbano da subsecretaria, Antônio Maicon Martins, discorreu sobre como foram pensadas as oficinas. “Temos oficinas aos sábados e outras durante a semana. Aos sábados, geralmente, nas regiões mais periféricas porque a gente entende que há uma demanda para a população participar e à noite seria mais difícil. Alocamos as áreas mais centrais e as de segmentos específicos durante a semana. Elas demandam um trabalho de articulação, a capacitação dos nossos técnicos porque precisamos dominar aquela R.A. 

Por exemplo, ontem estávamos em Águas Claras e precisávamos saber como funciona o traçado da cidade, qual a importância do metrô, como funciona a macrozona rural que existe lá e que é extremamente importante. Isso tudo porque precisamos ouvir a população e entender o que ela nos traz de positivo e negativo no território e a partir disso pensarmos quais são os caminhos possíveis. Temos os técnicos e estamos preparados, mas precisamos das pessoas porque queremos ouvir a população”, explicou Antônio.


O coordenador de Planejamento Urbano da Sedub, José Mário Pacheco, expôs como está sendo feita a divulgação das reuniões. “Inicialmente, sempre ouvimos o CGP, além disso, convidamos as lideranças para termos uma representatividade maior. Ocorre que nem sempre isso se traduz em participantes nas oficinas. Agora também conseguimos apoio para maior comunicação e teremos peças impressas, impulsionamento nas redes sociais da Seduh e do GDF, além do serviço de carro de som nas regiões administrativas”, falou Mário.


Representando a Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb), Dênio Augusto Moura afirmou que é preciso ter participação qualificada da população e, para isso, há necessidade de explicar os objetivos e as consequências do PDOT. “Precisamos promover debates em que a população consiga entender as questões principais que devem ser debatidas. Por exemplo, os loteamentos fechados que são a antítese da cidade. 

Mas, a maioria da população vai pensar que de fato não existe uma segurança compatível e seria justo a pessoa ter direito a morar em condomínio fechado. Precisamos discutir quais as consequências de tudo e aonde isso está nos levando porque se a gente continuar nessa política da expansão sem fim de loteamento fechado, da política rodoviarista, da construção de mais e mais viadutos, aonde é que a gente vai chegar. A população precisa entender isso para participar de uma forma qualificada”, questionou o promotor.


Já o professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, Benny Schvarsberg, lembrou que “o direito à cidade é o direito de transformar a cidade, não é o direito simplesmente de ter acesso a mais bens e serviços. Sobretudo em uma cidade que tem a marca que a nossa tem de exclusão social e segregação socioespacial, ambientalmente insustentável e predatória e, finalmente, rodoviarista e carrocrata”.

Representando o Instituto Sálvia, Betulia Souto trouxe um resumo do histórico do CGP desde que o processo começou e defendeu que o CGP tenha papel deliberativo e não apenas consultivo. “Como um processo participativo é apenas consultivo? Tem que ser deliberativo também. A população tem que dizer de fato o que ela quer. Para que o processo seja realmente participativo é preciso estar na grande mídia. Como acontece se a população não souber de fato o que é o PDOT e como ele funciona?”, indagou a ambientalista.

Por fim, o representante do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), André Tavares, afirmou que toda essa questão é um processo político antes de tudo. “Dificilmente, o estado retorna para a população o que é esse projeto, o que esse planejamento e ordenamento vão trazer de resultado concreto e de alteração na vida econômica e social dentro da cidade. O decreto de 2020 não teve participação de movimentos organizados. E também não foi informado para a população o que houve de retorno da última revisão”, declarou André.

O Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) é o instrumento básico da política territorial e de orientação aos agentes públicos e privados que atuam na produção e gestão das localidades urbanas, de expansão urbana e rural do território do Distrito Federal. O documento atual é de 2009 e a cada dez anos é necessário que haja uma revisão, que foi iniciada em 2019, mas interrompida devido à pandemia da covid-19 e retomada.

Síndicos e Moradores: Agentes de Transformação na Melhoria Urbana

Além das discussões sobre o Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT), a reunião na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) também abriu espaço para uma importante reflexão sobre como os condomínios e seus moradores podem desempenhar um papel significativo na melhoria da cidade. Com as cidades cada vez mais dominadas por complexos residenciais, é crucial que síndicos e moradores estejam envolvidos nas decisões que moldam o futuro urbano. 

Essa oportunidade de participação ativa não só fortalece a comunidade, mas também permite que as vozes daqueles que mais diretamente se beneficiam das melhorias urbanas sejam ouvidas e consideradas nas políticas de desenvolvimento. O engajamento dos condomínios pode ser um fator-chave para tornar as cidades mais sustentáveis, inclusivas e eficientes.